quarta-feira, 11 de junho de 2014

Filmes inspirados em histórias reais

10 Filmes de Terror Baseados em Fatos (Parte 01)


Um bom filme de terror é capaz de gelar nossa espinha, mas quando ele é "Baseado em fatos reais" fica bem mais interessante. E muitos filmes de terror não especificam que são baseados em histórias que realmente aconteceram, com gente que realmente viveu todo o drama e medo encenado pelos atores do filme. Abaixo você vai poder conhecer cinco filmes de terror baseados em histórias reais.


1. O Exorcista (1973):

Sinopse: Em Georgetown, Washington, uma atriz vai gradativamente tomando consciência que a sua filha de doze anos está tendo um comportamento completamente assustador. Deste modo, ela pede ajuda a um padre, que também um psiquiatra, e este chega a conclusão de que a garota está possuída pelo demônio. Ele solicita então a ajuda de um segundo sacerdote, especialista em exorcismo, para tentar livrar a menina desta terrível possessão.

A história real em que foi baseado: O filme O Exorcista foi inspirado em um caso real, não envolvendo uma garotinha de 12 anos, mas um menino de 13, conhecido por R., ocorrido em Mount Rainier, no estado de Maryland, subúrbio de Washington, DC.

Seu comportamento estranho começou em 1949, após a morte de uma tia. Ele começou a ouvir arranhões na parede e objetos voavam pela casa. Cadeiras e camas se moviam quando o garoto estava nelas.

A família desesperada pede ajuda a igreja católica. A primeira tentativa de exorcismo acabou em desastre. Ele rasgou o padre do ombro ao pulso com uma mola da cama. Foram necessários mais de 100 pontos o local.

Palavras começaram a surgir em seu corpo e uma delas, Louis, fez a família mudar de volta para Saint Louis, acreditando haver algo lá.

Entre em cena um estudioso jesuíta que na época tinha 27 anos, Walter Halloran, que estudou na Universidade de Saint Louis e tratou de R.

Narrando o caso, ele diz que "o garoto cuspia com precisão e acertava seu corpo a 1,5 metros... Certa vez ví uma marca em seu ombro e parecia a caricatura do demônio. Eu podia ver suas mãos e não era ele que fazia... Ouvimos a voz e ela falou que não ia embora até que uma certa palavra fosse dita.".

Foram 23 noites seguidas exorcizando o menino, até que na páscoa, uma outra voz tomou o garoto e disse a palavra Dominus. Neste momento ouviu-se um tiro e o garoto ficou curado.
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2. O Exorcismo de Emily Rose (2005)

Sinopse: Emily Rose (Jennifer Carpenter) é uma jovem que deixou sua casa em uma região rural para cursar a faculdade. Um dia, sozinha em seu quarto no alojamento, ela tem uma alucinação assustadora, perdendo a consciência logo em seguida. Como seus surtos ficam cada vez mais frequentes, Emily, que é católica praticante, aceita ser submetida a uma sessão de exorcismo. Quem realiza a sessão é o sacerdote de sua paróquia, o padre Richard Moore (Tom Wilkinson). Porém Emily morre durante o exorcismo, o que faz com que o padre seja acusado de assassinato. Erin Bruner (Laura Linney), uma advogada famosa, aceita pegar a defesa do padre Moore em troca da garantia de sociedade em uma banca de advocacia. À medida que o processo transcorre o cinismo e o ateísmo de Erin são desafiados pela fé do padre Moore e também pelos eventos inexplicáveis em torno do caso.

A história real em que foi baseado: Emily Rose foi baseada em Anneliese Michel, que nascera em 1952, na Baviera, recanto alemão de arraigada tradição católica. Por volta dos dezesseis  anos,  desencadeou-se em Anneliese uma torrente de sintomas que, ao menos na aparência,  sugeriam problemas mentais.  A Clínica Psiquiátrica de Würzburg chegou a um diagnóstico:  Anneliese padecia de epilepsia associada à esquizofrenia. Inciou-se um tratamento intensivo, que durou um ano.  Supostamente  recuperada, Anneliese completou o segundo grau. Posteriormente, ingressou na  Universidade de Würzburg,  iniciando o curso  de Pedagogia.

Foto de Anneliese Michel
antes da possessão
Mas os estudos foram interrompidos. As vozes e visões demoníacas se tornaram cada vez mais constantes e opressoras. Anneliese assumira  um comportamento agressivo. Consta que a moça  “insultava, espancava e mordia os outros membros da família, além de dormir sempre no chão e se alimentar com moscas e aranhas, chegando a beber da própria urina. Anneliese podia ser ouvida gritando por horas em sua casa, enquanto quebrava crucifixos, destruía imagens de Jesus Cristo e lançava rosários para longe de si. Ela também cometia atos de auto-mutilação, tirava suas roupas e urinava pela casa com freqüência”

Frustrado o tratamento psiquiátrico, os pais de Anneliese buscaram o auxílio da Igreja. O padre Ernest Alt acompanhou o caso. Em 1974, ele chegou à conclusão de que havia indícios veementes de possessão demoníaca,  o que requereria  a realização de exorcismo.  Mas somente em setembro do ano seguinte o bispo de Wüzburg autorizou o ritual, conforme os procedimentos previstos no Rituale Romano.
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Anneliese, subjulgada pelas forças malígnas
Ao longo de 67 seções,  que se prolongaram por longos nove meses, realizadas uma ou duas vezes por semana, os padres Ernest e Arnold pelejaram contra entidades que assumiam a identidade de Lúcifer, Caim, Judas, Nero, Adolf Hitler e Fleischmann, um bruxo do século XVI. Durante as sessões, Anneliese, muitas vezes,  “tinha que ser segurada por até três homens ou, em algumas ocasiões, acorrentada” (2).  Argumenta-se que ela “lesionou seriamente os joelhos em virtude das genuflexões compulsivas que realizava durante o exorcismo, aproximadamente quatrocentas em cada sessão”.

Anneliese predissera quando se daria a sua libertação: 1 de julho de 1976.  Consta que, à meia-noite, os demônios finamente abandonaram o corpo da estudante, deixando-a em paz e livre das convulsões impingidas durante tantos anos. Exausta, Anneliese adormeceu.  E teve, em seqüência,  uma morte tranqüila. Era o fim de um insuportável suplício.  “A autópsia considerou o seu estado avançado de desnutrição e desidratação como a causa de sua morte por falência múltipla dos órgãos. Nesse dia o seu corpo pesava pouco mais de trinta quilos."